29/07/2011

SOBRE AS AULAS NÃO-PRESENCIAIS

Nesta semana, os alunos terão sua primeira aula não-presencial. Conforme a legislação das universidades federais, até 20% da carga horária dos cursos pode ser dada nessa modalidade, em que alunos e professores não se encontram fisicamente, mas realizam alguma atividade de ensino e aprendizagem usando recursos tecnológicos. Para as aulas de CET, iremos usar diversas ferramentas da chamada Web 2.0, tais como blog, sites de compartilhamento de conteúdos, sites com recursos para produzir conteúdos.

AULA NÃO-PRESENCIAL 1



Como a mídia nos influencia e porque é importante estudá-la na escola

O objetivo desta aula é conhecer um pouco os fundamentos da “Mídia-educação”, como é chamada uma área do conhecimento emergente, que ainda está se estabelecendo no Brasil, Internacionalmente, essa área é chamada de “Media Literacy” e tem uma infinidade de projetos apoiados por instituições renomadas como a UNESCO e a Universidade de Londres.

O texto que vocês vão ler foi escrito pela professora Alexandra Bujokas, no final de 2006, quando ela fazia pós-doutorado na Open University, justamente estudando a política de mídia-educação que o governo britânico vem implementando desde 2003 – apesar de esta ser uma história bem mais antiga por lá, como vocês poderão ver no texto.
Neste texto, são sintetizados três aspectos: problemas decorrentes da influência da mídia, conforme alguns estudos clássicos na área de comunicação, aspectos históricos das relações entre mídia e educação (no Brasil e no mundo), propostas educacionais para estudar a mídia na escola.

Esperamos que os alunos gostem dessa proposta de estudo. É bem provável que a maioria de vocês nem sabia que essa área existia e deve estar se perguntando por que isso deve fazer parte do currículo da UFTM. Fiquem tranquilos: boa parte dos professores – até mesmo nas universidades – faz as mesmas perguntas. E nosso objetivo nesse semestre é explicar como  e porque estudar a mídia.

Educação para a mídia: da inoculação à preparação


Resumo: Este texto parte da experiência inglesa no campo da educação para a mídia e analisa as duas abordagens pedagógicas predominantes: inoculação e preparação. Para tanto, localiza tais abordagens conceitualmente nos campos da educação e da comunicação e da cultura, descreve técnicas pedagógicas e propostas de trabalho sintonizadas com a abordagem atual, a da preparação, também chamada de media literacy.
Palavras-chave: Comunicação. Educação. Estudos culturais. Media literacy. Técnicas pedagógicas.

Questão 1


Um ponto de partida importante para se planejar atividades de mídia-educação é a compreensão de quem é e como se comporta a audiência. Tradicionalmente, os estudos de audiência compreendem o público usuário das mídias entre dois extremos: vulnerável e passivo ou, ao contrário, crítico e ativo. Pense na sua própria experiência com a TV, a publicidade, o cinema e a internet. Que tipo de público é você? Ativo ou passivo? Quando você consegue ser um leitor(a) crítico(a) da mídia? E quando acha que não consegue?

Questão 2


Segundo o conceito de media literacy, uma pessoa preparada para usar as mídias com autonomia e criticidade domina uma série de habilidades técnicas e culturais. As habilidades técnicas se referem à capacidade de usar recursos tecnológicos, que vão do uso de uma câmera digital à capacidade de usar uma ferramenta web 2.0 como, por exemplo, o site Picnik para editar fotos (se você não conhece o Picnik, clique aqui para conhecê-lo). Faça uma lista de habilidades técnicas e culturais relacionadas ao uso de mídias que você possui.

Questão 3


Considere as características da arte popular e da arte massificada, segundo o texto. Dê dois exemplos de arte popular e de arte massificada, segundo a sua análise, e justifique porque você considera esses exemplos “popular” e “massificado”. Sua justificativa precisa dialogar com o referencial do texto.